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É muito comum nas áreas do conhecimento que envolvem saúde, como a Nutrição, nós discorrermos em consultório com nossos pacientes a respeito de hábitos e estratégias que fazem muito sentido do ponto de vista científico e fisiológico, mas que nós (ainda) não aplicamos em nossas vidas.

Posso apostar que você tem algum colega Nutricionista que consome muitos alimentos industrializados no seu dia a dia, que não exercita seu corpo regularmente, que não mantém uma boa relação com sua comida ou que não busca viver a melhor versão do seu corpo a cada dia, em saúde, beleza e força. Talvez você mesmo esteja sendo esse Nutricionista até aqui.

 

NUTRIÇÃO É COERÊNCIA  E INSPIRAÇÃO

 

Entenda que é muito natural sermos tidos como referência e inspiração naquilo que decidimos exercer como nossa profissão — nosso trabalho está integrado à nossa vida, o que fazemos reflete quem somos, isso é natural. A coerência em qualquer área da vida, inclusive na profissão, é algo muito valioso. Os coerentes se destacam. Na vida, precisamos viver o que ensinamos, se não as coisas perdem o sentido.

 

O ponto é que algumas incoerências não acontecem só com Nutricionistas, mas com médicos, educadores físicos, dentistas… Quem não conhece um educador físico sedentário ou um médico que fuma? Entenda que não é sobre ser perfeito, existem fases desafiadoras na vida mesmo, mas o ponto é que não vivemos de fases ruins: vivemos do que acreditamos.

 

Mais uma vez: não é sobre ser perfeito, é sobre lutar para ser coerente. Sua profissão foi sua decisão. Você decidiu. Toda decisão por algo requer abnegação de algo. Quem decide ter uma criança, abnega de algumas noites de sono. Quem decide casar, abnega de se comportar como solteiro. Quem decide amadurecer, abnega de se comportar como adolescente. Quem decide trabalhar com saúde, abnega de adoecer seu corpo com hábitos ruins.

 

No início da minha carreira, eu mesma atendia em consultório e dava aulas como professora convidada ensinando aos meus pacientes e alunos sobre como viver hábitos relevantes para a saúde deles, mas que eu mesma não praticava com intenção e consistência na minha rotina. Eu queria inspirá-los porque eu sempre tive certeza do quanto meu conhecimento poderia tirá-los de situações de doença, de baixa vitalidade, de excesso de peso​​. O ponto é que eu não praticava o que eu mesma ensinava.

 

Com o tempo eu fui começando a refletir sobre a coerência na minha profissão. Fui começando a perceber como fazia sentido viver aquilo que eu ensinava. Nós podemos (e devemos) sim ser referência naquilo que decidimos fazer, o mundo precisa de pessoas intencionais, que falam com propriedade sobre o que vivem ou já viveram. A propriedade vem com a experiência.

 

Eu comecei, então, a aplicar na minha rotina aquilo que eu estudava, aquilo que tinha respaldo científico, aquilo que fazia sentido para mim do ponto de vista evolutivo. Nossa alimentação precisa de referência, e a grande referência sempre foi a Natureza. Nossos antepassados não tinham síndrome metabólica diferente de nós, comecei a estudar sobre em que pontos estávamos falhando hoje?

 

Foi nessas pesquisas densas que conheci Lowcarb, seus princípios terapêuticos e seus mecanismos fisiológicos. Porém, mais uma vez, não queria apenas saber de ouvir falar: eu decidi viver a estratégia na pele, respeitando princípios naturais, estabelecendo minha linha em Nutrição – a linha que vivo, estudo e ensino.

 

ALIMENTAÇÃO É PESQUISA E EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS

 

É muito relevante para qualquer profissional da Nutrição também fazer suas pesquisas, se tornar crítico diante das diretrizes atuais, olhar para trás, refletir, buscar evidências científicas de boas metodologias, e então, estabelecer sua linha de pensamento (e prática!). É assim que se constrói uma clínica de resultados, um protocolo que tem relevância sobre o corpo humano, um trabalho que alcança e transforma vidas.

 

Aqui, eu quero ponderar especificamente sobre a estratégia nutricional de baixos carboidratos (do inglês, Lowcarb), mas isso poderia se aplicar a qualquer outra estratégia nutricional pontual ou a qualquer outra coisa na vida.

 

Há Nutricionistas que prescrevem alimentos que nunca comeram, suplementos que nunca usaram, estratégias que nunca experimentaram. Isso não é necessariamente errado, mas perceba: você tem mais propriedade para ensinar algo quando você tem coerência nele. A teoria desperta alguns, mas a prática transforma multidões.

 

Lowcarb pode encaixar para pessoas em diversas situações e fases da vida:

 

  • Como estilo de vida a longo prazo: pessoas com distúrbios instalados ou predisposição a problemas no metabolismo da insulina-glicemia (resistência à insulina, diabetes tipo 2, esteatose hepática não alcoólica, ovários policísticos, síndrome metabólica, por exemplo); pessoas com problemas neurológicos (Alzheimer, Parkinson, autismo, TDAH, transtorno de bipolaridade, por exemplo);
  • Como estratégia pontual: pessoas que não têm distúrbios metabólicos instalados, mas desejam emagrecer a partir da estratégia; atletas que desejam otimizar performance ao enfatizar uso de corpos cetônicos como energia alternativa à glicose nos treinos e competições.

 

Perceba que Lowcarb tem as mais diversas aplicações, as mais diversas nuances, para os mais distintos objetivos. Trata-se de uma estratégia amplamente estudada pela ciência e, dentro de um contexto natural respeitando a fisiologia humana natural, com resultados clínicos bastante promissores.

 

Não é a única terapêutica em Nutrição, não é a única estratégia de emagrecimento em Nutrição, não funciona na mesma proporção e ritmo para todos (cada ser humano é único, portanto, cada resposta fisiológica tem suas características), no entanto, encontra muito sentido em nível científico e fisiológico.

 

Como Nutricionista é importante sabermos das aplicações de Lowcarb, mas não só isso: considero relevante experimentarmos a estratégia por um período (ou para a vida), se quisermos realmente com propriedade que nossos pacientes desfrutem da estratégia.

 

CONCLUSÃO

 

Experimente em você, Nutrição é a arte do experimento. Teste, avalie sua adaptação, avalie suas respostas, entenda na pele o que o seu paciente pode experimentar caso ele seja um forte candidato a aplicar Lowcarb.

 

As pessoas se identificam mais com quem viveu a jornada, com quem conhece de fato o caminho, do que com aqueles que falam sobre o processo sem sequer o ter experimentado.

 

Coerência, prática, expertise.

Isso ninguém tira de você.

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